PROJETO NOVOS OLHARES – ARQUITETURA SOCIAL e a AGENDA 2030 da ONU

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU:

“… são um chamado universal para ação contra a pobreza, proteção do planeta e para garantir que todas as pessoas tenham paz e prosperidade. Esses 17 Objetivos foram construídos com o sucesso dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, incluindo novos temas, como a mudança global do clima, desigualdade econômica, inovação, consumo sustentável, paz e justiça, entre outras prioridades. Os objetivos são interconectados – o sucesso de um ODS envolve o combate a temas que estão associados a outros objetivos.” (https://www.br.undp.org)

Por todo o país, estudantes e professores dos cursos de Arquitetura e Urbanismo desenvolvem diferentes tipos de trabalhos que pensam a cidade e que têm muito a contribuir com a sociedade brasileira. Visto que, em sua grande maioria, estão direta ou indiretamente vinculados aos ODS da ONU, a chamada pública do Projeto Novos Olhares de outubro de 2020 procurou por projetos de arquitetura e urbanismo realizados por estudantes de graduação sobre o tema Arquitetura Social e a agenda 2030 da ONU. Foram recebidos 39 trabalhos, de 9 Estados brasileiros, a saber: Amapá, Goiás, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo. 

O júri avaliou que os trabalhos eram de boa qualidade e selecionou 7 a serem divulgados nas mídias sociais a partir dos seguintes critérios: 

  • Conceito – aderência ao tema da chamada pública, respeito ao sítio de projeto (escala, relação com entorno), relação entre proposta teórica e a concepção formal;
  • Inovação – programática, projetual, tecnológica;
  • Tectônica – potencial de expressão construtiva, representação gráfica.

Em ordem alfabética, seguem os trabalhos selecionados, seus respectivos autores e os pareceres do Júri:

  • A Casa de Jajja – moradias autoconstruídas por mulheres em zonas rurais – Mariana Montag Ferreira: “A sensibilidade projetual da aluna e o respeito pela comunidade local são surpeendentes. A percepção sensorial é materializada na concretude da moradia autoconstruída para e por mulheres rurais em Uganda/África. O processo projetual e construtivo é visto como lugar de troca de conhecimento e de reconhecimento. A capacitação técnica é uma valiosa ferramenta de empoderamento, para autonomia das mulheres. Total aderência ao tema da chamada pública do Novos Olhares: processo de projeto, função social do projeto, capacitação e empoderamento social”.
  • Assentamentos precários e cursos d’água: uma proposta de intervenção para o córrego Canhema em Diadema -SP – Felipe Garcia de Sousa: “O trabalho tem como objetivo uma intervenção nas margens do córrego do Canhema, em cuja área de influência situa-se o Núcleo Habitacional Vila Olinda, no município de Diadema, no ABC paulista. A partir da (re)valorização das águas e de suas margens, o projeto propõe um parque linear de 1km, dando acesso à água e criando um eixo verde com equipamentos públicos, o que contribui para a requalificação urbana e ambiental do Núcleo Habitacional. Foi também prevista a construção/remoção de habitações em área de risco.”
  • Casa do Meio – Elisa Augusto Barroso: “O tema do projeto é atual e de extrema elevância. O programa proposto tende a favorecer o acolhimento, o fortalecimento da autoestima, a recuperação de vínculos com a sociedade; poética social – inovação tecnológica social.”
  • Centro de Reintegração e Acolhimento para Refugiados – Lariane Barnuevo: “O tema do projeto é atual e de extrema elevância. A escala do projeto, a inserção urbana, a integração com o sítio de projeto e com a paisagem urbana são os pontos altos do trabalho.”
  • Fábrica dos Sonhos – Juliana Santarelli Monteiro de Castro: “Síntese entre o tema proposto (Arquitetura Social), o objeto de estudo (habitação Social), tecnologias de ponta, sustentabilidade (social, ambiental e econômica) expressa na implantação, na plástica e na materialidade (uso do papelão).”
  • Luta e Remoção: proposta residencial multiclasses – Eduarda Barbosa Sengés, Diego Wilson da Luz Bernardo: “Embora o projeto não respeite a legislação brasileira no tocante à utilização de áreas sob linhas de transmissão de energia,ele foi considerado pela sua proposta teórica e pelo resultado obtido: Cota de solidariedade; aderência ao tema; permeabilidade do térreo; uso misto; inserção no tecido urbano.”
  • Sinapses Urbanas – Vinícius Carlos de Medeiros: “Sistema aberto de gestão comunitária; utilização de lotes vagos para equipamentos públicos; permeabilidade visual e de circulação favorece o encontro; integração com a paisagem local; materiais que favorecem a plástica, a estética e o conforto térmico.”

A ABEA parabeniza os selecionados e agradece a participação do(a)s demais autore(a)s.


Publicado

em

, ,

por

Tags: